terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Tentar conquistar o mundo




Provavelmente todo jovem já ouviu ao menos uma vez na vida esta maldita frase: "quando você crescer a gente conversa" se for escrita é ainda pior... "quando você crescer agente (sic) converça (sic)", ainda assim esperam algo de nós? Por quê?


Não somos tão incapazes como pensam, nem tão desequilibrados ou rebeldes como tentam mostrar. Vivemos neste mundo louco, é normal sermos diferentes dos jovens das outras épocas.

Muitos dizem que nossa gereção de jovens não tem preocupações políticas e sociais como nas outras e menos ainda sonhos. Discordo. Somos sim imediatistas, claro, temos medo de não aproveitar nem agora nem depois. Por quê? Temos medo de não sermos bem sucedidos (o mercado de trabalho está cada dia mais difícil e nós mais gananciosos), é natural este medo e vivermos intensamente quando ainda temos "ajuda" (tudo) bancado pelos pais.


Políticamente falando somos mais conscientes do que acontece, não fariamos um movimento hippie (que por acaso foi bem mais *junkie que político), somos mais pacionais, isto é o que esperam de nós, fomos criados assim. Nos preocuparmos com nós mesmos. Somos egoístas e capitalistas. Porém quando queremos algo somos mais engajados e sabemos bem o porque e como conseguir. E nem por sermos mais egoístas significa que ficaremos parados vendo nosso mundo acabar, afinal, diferente de vocês ainda temos muito o que viver o que fazer.


Somos bem mais espertos do que conseguem perceber. O egocentrismo da meia-idade cegou vocês (e provavelmente também apagou a memória de suas juventudes). Algumas vezes preferimos ser subjetivos, tá, temos defeitos, algumas vezes a subjetividade em excesso atrapalha, mas nem sempre. Somos imediatistas, algumas vezes de forma irresponsável sabemos... mas não nos subestimem. Sabem o que faremos essa noite? "A mesma coisa que fazemos todas as noites... Tentar conquistar o mundo!"

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Arquivo de Metal


(calmo e indiferente) Filho de Victor Giudice, minha história começo ainda em minha juventude. - (voz fica mais grossa e fala devagar) - Especificamente com meu primeiro, e único emprego. Depois de um ano, sempre chegando na hora e cumprindo com minhas obrigações fui contemplado, 15% a menos no meu salário. (feliz) Como era meu primeiro ano, sorri e saí.

Mudei-me para ainda mais longe do centro, mas continuei, pontual e responsável.Depois de dois anos, - (seco novamente) - mais uma baixa em meu salário, desta vez 17%, agora não adiantava apenas me mudar, tive de cortar gastos. Comecei a fazer uma refeição só por dia.

Mas claro, animei-me ao saber que ao menos tinha meu (triste) emprego. Ainda. Depois disso a mesmice se instaurou, uma calmaria. A empresa estava indo bem, melhor que nunca, (começa a falar rápido e a acelerar) fiquei feliz e resolvi trabalhar mais duas horas por dia. Fantástico, fui elogiado... e com o elogio recebi outro corte no salário, desta vez 19%. Mas me elogiaram, fiquei feliz.

Com este corte fui morar no subúrbio, mas o sorriso continuava em meu rosto - (sorri falsamente com os dentes) - . Os cortes continuaram, (fala mais alto) cada vez maiores, (aumenta) aos 60 anos recebia apenas 2% do que recebia no começo, e eu ainda era bem saudável, (ironia) chegaria aos 70 trabalhando. Entrei na empresa no setor administrativo, (respira) depois portaria.

E os 65 anos chegaram, fui informado: (imita voz fina desdém) "seu joão, seu salário foi eliminado, o senhor não terá mais férias e, a partir de amanhã, limpara os sanitários". (rindo) Foi demais, até mesmo pra mim. (ri muito) Disse que estava me aposentado. Todos pasmaram: "Ué logo agora que o senhor é desassalariado??".

A emoção era grande de mais, meu coração já não aguentava. (bravo e alto) Será que aqueles (leento) FILHOS DA PUTA (normal) achavam mesmo que eu gostava daquilo? Será que achavam que gostava de cortes e mais cortes? NÃO! Claro que (ênfase) NÃO. Apenas me adequava, sempre aprendi com meu pai, Victor Giudice, que, mesmo sentindo ojeriza do trabalho, tinha de me dedicar e sempre deveria me calar.

Me chamo João. Hoje sou um arquivo de metal.


*texto original de Victor Giudice (arquivo)

*este feito por mim, depois de pronto algumas modificações por meu amigo Fernando Llido.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Junkie



Querido diário, tenho me sentido quase um junkie,
(risos pelo exagero), mas essa vida não é pra mim,
não mesmo.
Eu não uso drogas não mesmo, é só que está tudo meio
diferente, estou até mais animado, mas sempre sei
a hora de parar..
\o

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007




Conceito precipitado do que ou de quem não conhecemos,
estereótipos criados pela cor da pela, condição econômica,
gosto sexual ou até mesmo aparência. Será que tem como
sair algo de bom ou saudável? Não. Sem chances.
Um exemplo do combate desta praga é Sebastião Salgado,
fotógrafo famoso e premiado por suas fotos, sempre com
temas sociais, grande causador do preconceito. Retrata
a miséria como poucos, uma coragem e habilidade usado
por uma boa causa. Mostra que pobres não são necessária-
mente bandidos, e muitas vezes pior do que o apresentado
a população, doenças e pior um descaso total do governo.
Um ato deste, tomado por nossos governantes e claramente
apoiado pela sociedade, que não se manifesta e provavelmente
pensa: "melhor eles que nós" não é só preconceituoso como
criminoso. Uma vergonha. É por este motivo que ainda temos
os países sub-desenvolvidos e os países de primeiro mundo.
Os poderosos podem ser podres, mas são nacionalistas e defendem
a igualdade, já nós, pobres patriotas do terceiro mundo.
Só pode ser feita uma conclusão para este tema: preconceito num
mundo globalizado é a coisa mais ignorante que pode existir.



(sei que ficou péssimo, mas é pra uma redação de colégio,
como mais deveria ficar?)

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Curiosidades




Nem tudo que parece é!
Óbvio, banal e trivial, com certeza,
mas é preciso lembrar disso pra ser
um pouco mais feliz.

Algumas vezes sou babaca, outras
sou mais que isso, péssimo, podre,
triste de tão chato, e outras sou eu.

Não sou o que pareço, até que me ganhem,
não sou o que acham, até que eu queira,
não sou o que pensam, até que se prove o contrário.

Não tenho sentido nenhum, nem meus textos
têm, até que saibam me interpretar.
Não sou teoria, sou ação, prática...