sábado, 15 de dezembro de 2007

Revolução Industrial (ainda colégio!)

1ª Revolução Industrial

Pela definição conceitual, uma "revolução" se dá quando são observadas transformações radicais de âmbito econômico, social, político, artístico e científico.

Antes da Revolução Industrial a atividade produtiva era artesanal, manual (manufatura), algumas vezes em grupos, onde cada um cuidava de uma parte da produção, como uma cooperativa e muitas vezes sozinhos, uma só pessoa dominava todo o processo de criação.

Com a Revolução Industrial os trabalhadores passaram a trabalhar em fábricas, como empregados e não como autônomos, sendo assim perderam o lucro da produção, passando a ganhar salários. O trabalho realizado com a máquina ficou conhecido como maquinofatura. Na Primeira Revolução Industrial as máquinas eram a vapor e aí começou a ocorrer a divisão do trabalho, mesmo que sem pensar exatamente nisso em primeira estância.

Essa mudança na forma de produção culminou mudanças na Europa, tanto econômicas quanto sociais, com ênfase nos países que a Reforma Protestante tinha conseguido destronar a Católica como: Inglaterra, Escócia, Países Baixos e Suécia. Sendo a Grã-Bretanha, mais especificamente a Inglaterra a começar com a Revolução. Os países de influência Católica ficaram um pouco atrasados, fazendo também a Revolução num esforço de copiar os países mais desenvolvidos tecnológicamente: países protestantes.

De acordo com Karl Marx a Revolução Industrial integrou o conjunto das Revoluções Burguesas do século XVIII. Outros movimentos que também são considerados Revoluções Burguesas da época são: Revolução Francesa e Independência dos EUA. Para Marx o capitalismo é uma conseqüência da Revolução Industrial e não a causa.

As primeiras máquinas a vapor apareceram na Inglaterra no século XVIII e era usada para retirar o acumulo de água nas minas de ferro e de carvão e fabricavam tecidos. Graças a essas máquinas a produção aumentou muito e com isso os lucros dos detentores de tais também, por isso começou-se a investir na criação de indústrias.

As fábricas se espalharam rápido e na mesma velocidade a vida das pessoas, hábitos, mentalidade, conforto mudou.

Com a Revolução Industrial, o êxodo rural foi imenso, criando grandes complexos urbanos. No começo o tempo de serviço chegava a 80 horas semanais com salários medíocres e mulheres e crianças também trabalhavam, por salários ainda menores. Em 1860, com 90 anos de industrialização a carga horária de um trabalhador adulto já era de 50 horas por semana (10 horas por dia, 5 dias por semana) e os salários melhores.

Segundo estudiosos os salários cresceram de acordo com a organização dos trabalhadores e pressão aos patrões, neste pondo devo citar "Bem Vindo ao Clube", um livro de Jonathan Coe que conta a história de 4 amigos que passaram por muita coisa, inclusive é narrado de uma forma bem interessante essa questão de sindicatos que era muito forte na Inglaterra. A história já se passa em 1973, mas narra muito bem uma greve, uma revolta operária inglesa - "Trabalhadores da Inglaterra! Unam-se e despertem! Seu emprego corre perigo. Sua casa e sua subsistência estão correndo grave risco. Todo o seu estilo de vida está sendo ameaçado como nunca antes... Olhe em torno de você, para o seu local de trabalho, e vai ver que o número de pretos aumentou dez vezes. Estão lhe mandando trabalhar ao lado deles, mas, veja bem, estão MANDANDO, não PEDINDO.".

Após 1830, a Revolução se espalhou, principalmente para o noroeste europeu e leste dos Estados Unidos. Na Alemanha, a industrialização começou em 1915, mas com a unificação em 1870, liderada por Bismarck, a produção de ferro fundido começou a aumentar de forma exponencial. Na Itália, a unificação, também em 1970 impulsionou a atrasada industrialização italiana, e também só atingiu o norte da Itália.

O Brasil teve uma industrialização tardia, apenas em 1844, com a Lei Alves Branco os produtos ingleses e importados em geral pararam de ter privilégios, possibilitando a criação de indústrias. Mesmo assim os brasileiros ficaram receosos de criar indústrias pois ainda havia escravidão, sendo assim faltava mercado consumidor local e mão-de-obra e o café era, ainda, o que dava dinheiro. Porem houve um brasileiro que arriscou, Barão de Mauá.

Barão de Mauá começou com uma pequena fábrica de navios em Niterói(RJ), em um ano já possuía a maior indústria do país: emprega mais de mil operários e produz navios, caldeiras para máquinas a vapor, engenhos de açúcar, guindastes, prensas, armas e tubos para encanamentos de água. Em 1852 implanta a primeira ferrovia brasileira, entre Petrópolis e Rio de Janeiro, e uma companhia de gás para a iluminação pública do Rio de Janeiro, em 1854. Dois anos depois inaugura o trecho inicial da União e Indústria, primeira rodovia pavimentada do país, entre Petrópolis e Juiz de Fora. Em sociedade com capitalistas ingleses e cafeicultores paulistas, participa da construção da Recife and São Francisco Railway Company; da ferrovia dom Pedro II (atual Central do Brasil) e da São Paulo Railway (hoje Santos-Jundiaí). Inicia a construção do canal do mangue no Rio de Janeiro e é responsável pela instalação dos primeiros cabos telegráficos submarinos, ligando o Brasil à Europa. No final da década de 1850, o visconde funda o Banco Mauá, MacGregor & Cia., com filiais em várias capitais brasileiras e em Londres, Nova York, Buenos Aires e Montevidéu. Liberal, abolicionista e contrário à Guerra do Paraguai, torna-se persona non grata no Império. Suas fábricas passam a ser alvo de sabotagens criminosas e seus negócios são abalados pela legislação que sobretaxava as importações. Em 1875 o Banco Mauá vai à falência. O visconde vende a maioria de suas empresas (60 milhões de dólares) a capitalistas estrangeiros.







2ª Revolução Industrial


Inicia-se no final do século XX, mais especificamente por volta de 1870, com a industrialização da França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Estados Unidos e Japão. Agora, o combustível foi o petróleo, houve o surgimento da eletricidade, produtos químicos, como plástico, são descobertos, o ferro é substituindo pelo aço, assim surge novas máquinas e ferramentas.

Em 1909, Henry Ford cria a linha de montagem e produção em série, com base no taylorismo (a administração tinha que ser tratada como ciência, desta forma ele buscava ter um maior rendimento do serviço do operariado da época,o qual era desqualificado e tratado com desleixo pelas empresas).

No atual contexto, qualquer oscilação de demanda ou fluxo de matéria prima, que antes poderiam ser enfrentadas com modificações na mão-de-obra, transformam-se em graves entraves devido à mecanização intensiva. A alternativa para uma nova dinâmica de crescimento foi a integração vertical, através de processos de fusões e incorporações, que modificam profundamente a estrutura empresarial. Em todos os setores em que havia a possibilidade técnica de exploração de ganhos de escala, surgiram grandes empresas, verticalmente integradas em suas cadeias produtivas.

A verticalização exige uma complexa estrutura administrativa que marcará a segunda revolução industrial através da empresa de sociedade anônima, gerenciada por uma estrutura hierárquica de administradores profissionais assalariados. A estrutura administrativa passa a representar um elevado custo fixo e devido a atividades não mecanizáveis, essa estrutura se caracteriza pela baixa produtividade. Dessa forma, além de aumentar sua participação em termos de número de funcionários, a estrutura reduz os ganhos de produtividade de áreas operacionais.

A hegemonia deixou de ser inglesa e passou a ser dos EUA que, às vésperas da Primeira Guerra Mundial detém 40% do PIB (produto interno bruto) dos países desenvolvidos e ao final da Segunda Guerra Mundial já é de 50%. Essa sucesso estadounidense foi atribuido a três fatores: o primeiro foi em função de uma estrutura maior de capital aberto de suas empresas, devido a serem retardatários na primeira revolução industrial, o segundo fator foi a aceleração do processo de verticalização devido à forte preocupação americana com o livre mercado e sua oposição a cartéis (é uma forma de oligopólio em que empresas legalmente independentes, geralmente atuantes do mesmo setor, promovem acordos entre si para promover o domínio de determinada oferta de produtos e/ou serviços), o mais importante fator foi a grande adequação e aceitação da sociedade americana ao produto padronizado.

A energia elétrica foi tão importante para a segunda Revolução Industrial quanto a Máquina a Vapor para a primeira. Motores e máquinas menores permitiram uma criação de vários utilitários domésticos, sendo considerados como bem duráveis, assim como os automóveis, que vem conosco até os dias de hoje.

A teoria de Ford com seu método de produção em série, foi denominado fordismo (é um modelo de produção em massa que revolucionou a indústria automobilística na primeira metade do século XX), Ford desenvolve peças intercambiáveis de alta precisão que elimina a necessidade de ajustamento e, consequentemente do próprio mecânico ajustador. Sem a necessidade de ajuste, a montagem pode ser taylorizada, levando a que mecânicos semi-qualificados se especializassem na montagem de pequenas partes. Com a introdução de linhas de montagem, eleva-se a produtividade ao minimizar o tempo de deslocamento e redução nos estoques.






3° Revolução Industrial


Recentemente, na década de 1990, alguns autores afirmaram que estávamos vivendo uma Terceira Revolução Industrial, impulsionada, do ponto de vista tecnológico, pelo surgimento de novas Tecnologias de Informação (TIs) e pelo advento da eletrônica, em substituição à eletro-mecânica, no setor industrial. O conceito ainda é polêmico e divide a academia.

"Trata-se de um processo, é preciso tempo para avaliar se o atual momento histórico poderá ser chamado de Terceira Revolução Industrial", afirma Sérgio Queiroz, pesquisador e professor do Departamento de Política Científica e Tecnológica (DPCT), da Unicamp. Para ele não é fácil dizer se realmente estamos vivendo uma terceira Revolução Industrial, pois as TIs, em muitos setores não fizeram mudanças radicais, como no caso dos meios de transporte, que foram aprimorados, mas continuam os mesmos da segunda Revolução e também dos meios de produção, ainda baseados na automação, que deixou de ser repetitiva para ser programada pelo computador.

Além disso, diferentemente dos processos ocorridos nos séculos XVIII e XIX, atualmente não há um país protagonista. "Pode-se pensar no Japão e na China, que estão crescendo em ritmo acelerado. Mas eles não estão ditando as regras da produção atual, como aconteceu anteriormente com a Inglaterra, na primeira revolução, e com os Estados Unidos, na segunda", afirma Queiroz.

A idéia de Terceira Revolução Industrial é caracterizada por uma redução expressiva dos custos de produção e de preço dos produtos automatizados, e pela aceleração do ritmo de produção. "Dos anos 80 para cá, os computadores tiveram uma queda de preços de cerca de 20% ao ano", afirma Fernando Mattos, professor da pós-graduação em Ciência da Informação e do Centro de Economia e Administração da PUC de Campinas.

No Brasil, o total empregado no Setor de Informação ainda é baixo se comparado aos países desenvolvidos. O setor concentra cerca de 18% da mão-de-obra empregada, que se apropria de mais de 37% da massa de rendimentos.

O advento das TIs e o aumento da importância do complexo eletrônico no processo industrial causaram uma mudança nos postos de trabalho, marcada pela redução do número de trabalhadores com atividades operacionais e pelo surgimento de vagas voltadas para os profissionais responsáveis pelo gerenciamento e pela coordenação da produção.

A atual insegurança no trabalho é abordada por David Harvey, em A condição pós-moderna. Para Harvey, a força de trabalho está enfraquecida devido ao alto desemprego, à competição do mercado e à redução da força sindical, o que facilita o controle por parte dos empregadores. Assim, os trabalhos em tempo integral e com segurança (como carteira de trabalho) tendem a se reduzir, ao passo que postos de trabalho flexíveis e autônomos - que criam uma insatisfação coletiva - tendem a aumentar.

2 comentários:

Anônimo disse...

que texto podre,não me ajudou em nada até tirei 0naprova de hidtoria de tão ruim que é esse texto

OBS:na proxima vez que for fazer um texto faça melhor e coloque tópicos

isso é para o autor

Anônimo disse...

coitado entao vc é muito burro,seu idota,meu trabalho valia 4,0 e eu tirei 3,8 vc que nao entende e se vc falar mal desse site te arrebento