segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Par de dois


Há muito tempo não chorava, parece que simplesmente tenho passado por tudo, ódio, amigos, tédio, tudo, sempre meio avulso, aéreo. Hoje não deu, o dia foi fantástico, daí estou aqui nessa mania de blogs, acabo caindo em alguns blogs bem legais, caí em um que não consegui me segurar, comecei a ler e chorar, esse tau amor é complicado e mais uma vez me sinto vazio, acho que minha chance pra isso já passou.
Aquela coisa de comprar coisas iguais, havaianas (pq nunca lembravamos), óculos Armani na 25 de março, essas "idiotices" e todas as outras eram demais e agora simplesmente sonho em viver isso de novo, mas não tenho a mínima vontade!
Estava lendo o blog e escutando Amy Winehouse, nunca gostei dela, mas parece que a imagem que ela passa, aquela coisa meio torta, imagem perfeita de pessoa descontrolada era o que eu sentia quando estava lendo, é o que sou agora, mesmo que isto esteja bem escondido.


uma das vezes que compramos havaianas iguais, quando fomos pra Caldas, sei que o recorte ficou terrível, mas estou com preguiça de arrumar e um poema que tem no blog que vou terminar de ler agora... tchau.



As sem razões do amor
Carlos Drummond de Andrade

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga, nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Um comentário:

Morgout disse...

fiquei meio confusa em relação as havaianas.
mas ok.
sou super assim também leio coisas, e super entro naquilo e levo pra minha vida.